quinta-feira, 22 de abril de 2010

Agonia

Tem horas que a paciência vai embora e só fica a angústia de quem quer cair fora logo. Não aguenta mais esses malfazejos no pé do ouvido. E essa carta da prefeitura que não chega lhe convocando para a vida mansa. Sem contar no que se refere ao regime, né. E também não precisa pegar ônibus, o que é melhor ainda. Meus bolsos agradecem!
Quem quiser que conserte isto que chamam de educação. Palhaçada, rapaz!



Acorda amor



Acorda amor
Eu tive um pesadelo agora
Sonhei que tinha gente lá fora
Batendo no portão, que aflição
Era a dura, numa muito escura viatura
Minha nossa santa criatura
Chame, chame, chame lá
Chame, chame o ladrão, chame o ladrão

Acorda amor
Não é mais pesadelo nada
Tem gente já no vão de escada
Fazendo confusão, que aflição
São os homens
E eu aqui parado de pijama
Eu não gosto de passar vexame
Chame, chame, chame
Chame o ladrão, chame o ladrão

Se eu demorar uns meses
Convém, às vezes, você sofrer
Mas depois de um ano eu não vindo
Ponha a roupa de domingo
E pode me esquecer

Acorda amor
Que o bicho é brabo e não sossega
Se você corre o bicho pega
Se fica não sei não
Atenção
Não demora
Dia desses chega a sua hora
Não discuta à toa não reclame
Clame, chame lá, chame, chame
Chame o ladrão, chame o ladrão, chame o ladrão
(Não esqueça a escova, o sabonete e o violão)



(C.B.H.)

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